terça-feira, 3 de agosto de 2010

O epitáfio não escrito (e um pouco da minha história com pornô)

"Brinquei,
Contigo Gozei,
Me lambuzei"

Na falta de uma lápide e num túmulo simbólico, tratei de, com minhas próprias mãos, enterrar o Solo Boys do 110mb no último dia 31 de julho.

Lembro do primeiro filme pornô que assisti, no vídeocassete, não sei o nome, só tenho as imagens de uma mulher ruiva com a buceta tão molhada, sentando num pau grande e grosso de um homem branco com cara de safado. Não preciso nem fechar os olhos para visualizar o saco do cara molhado. Não lembro se ele chegou a comer o cu dela, acho que não.

O primeiro filme pornô gay que assisti lembro o nome, eu tinha uns 12 anos, não sei: Cock Fight. Foi estranho. O filme começa com um cara batendo punheta, lembro do barulho que fazia aquela bronha, seguido de várias cenas de homens musculosos de uniforme militar chupando e trepando. Me excitei, bati uma, com o amigo que levou o filme e gozamos.

Ainda criança, como bom explorador, descobri uma coleção daquelas revistas foto-novela pornô que ficavam num armário escondido do meu tio, a extensa coleção de playboys do meu pai, a infinita (sério) coleção do meu irmão. Admito só ter gozado com essas coisas quando entendi o que era aquilo, embora, até hoje, meu pau fique duro fácil com essas coisas.

Devo ter comprado minha primeira Playboy nos tempos da Tiazinha, em 1999, 14 anos. E o jornaleiro vendia vídeos pornô fora do catálogo de uma locadora, daí em diante passei a comprar pornô barato, tive minha própria coleção de filmes pornô, que durou uns dois anos, no turbilhão da adolescência.

O gosto por cinema pornô misturou-se ao gosto pelo cinema convencional, aprendi a gostar de atrizes, diretores, atores, performances. Acho os filmes europeus mais safados que os americanos, aqueles caras gostam mesmo de cu, com inesquecíveis cenas de anal e aqueles rabos bem abertos, nossa, não tinha como não se apaixonar por um cu vendo aquilo.

Tenho caras incríveis na memória: Christoph Clark tinha umas cenas de anal loucas, aquele cara é louco por sexo. Jean-Pierre Armand, devo ter visto todos os filmes desse cara, lembro de uma orgia, eles estavam falando alemão, todos os caras engravatados arregaçando cuzinhos sem dó. Roberto Malone (OI?), o delicinha do TT Boy, Peter North, Mike Hornet tinha um sorriso durante a transa que me inspira até hoje, David Perry (meu sonho de consumo, já o encontrei aqui no Rio), Nacho Vidal, putz, tantos caras. Nacho tem o cu tão arrombado que pode comer as mulheres que ele quiser, sei que ele curte uma vara. E, como bem disse John Stagliano, Nacho não tem um pau, tem um braço!

Comprei minha primeira revista gay aos 18, uma G Magazine, comprei vários DVDs gay aos 18, a Internet ainda não era suficiente para minhas descobertas. Aos 19 acabei com toda a minha coleção de filmes pornô, que infelizmente não passei pra ninguém, foi tudo pro lixo, mas sei que alguém pegou e se divertiu. Comprei mais algumas coisas, mas acabei virando o típico consumidor rápido de pornografia, só tirava a virgindade dos filmes. Assistia uma vez, gozava nas melhores cenas e... próximo filme.

E a internet foi melhorando. Depois da explosão do YouTube, começaram a surgir as versões pornô, aliás, naquela época era bem comum encontrar muita putaria no YouTube, hoje existem caçadores de pornografia por lá, que fazem download dos vídeos pra upar em outros lugares e deixar que o mundo possa se saborear com uma putaria soft ou hard.

Conhecia um blog legal só de vídeos amadores, era a seleção de vídeos do cara, ele assistia aquelas pequenas cenas de punheta e as publicava. Adorei a idéia e pensei em fazer igual, ou parecido, criei um site pra fazer a mesma coisa que ele, postar vídeos amadores de punheta, por isso o título "Solo Boys" era pra ser um site só de punheta. Mas eu não queria só postar o vídeo, queria falar alguma coisa, aí vieram as descrições, algumas com um fundo crítico, outras de brincadeira e, de repente eu tinha um site popular, com pessoas me mandando e-mail, pedindo por vídeos de sexo, criticando os vídeos, pessoas exigentes, gente louca, gente legal.

Me vi sem tempo, parei o site várias vezes, mas quando via os números, as visitas aumentando, minha caixa de e-mails cheia de mensagens, segui em frente e, talvez eu realmente tenha feito aquilo que estava escrito na frase do topo do SB: O Melhor Site de Vídeos Gay da Internet. Ou não, não sei. Mas saber que as pessoas estavam gostando era legal. Acho que foi por isso que o site ainda não acabou e está no ar desde 17 de setembro de 2007, mesmo que a casa agora seja outra.

Cueca Xadrez

Alguns sabem de onde tirei o nome desse blog.
Se vai durar, se vou postar, não sei.
Não é pra ser popular.
É pra brincar.